quarta-feira, 6 de julho de 2011

Tempo: aliado ou inimigo?

Os dias vão passando e aquela sensação de existir me incomoda. Não quero somente existir! Quero viver! Quero ter histórias para contar! Quero ser, daqui a 50 anos, um "vivido" no qual vou me perder em uma vastidão de memórias, de aventuras e perigos. Quero sentir a vida fluindo pelas minhas veias com adrenalina, e não somente observá-la distantemente no corpo dos outros ou, pior, vivê-la somente na imaginação.

Há tempos que não consigo ver o tempo como aliado. Pelo contrário, ultimamente tem sido um inimigo forte, exigente, com rígidas regras para que, se eu quiser conquistá-lo, terei de ser corajoso suficientemente para realizar os sacrifícios que ele exige.

Quero que o tempo seja meu amigo, que caminhe ao meu lado dizendo o quanto podemos trabalhar juntos para que a vida ganhe espaço na minha existência.

O Hoje não é mais do que horas passando, escoando como areia em uma peneira. Trabalho, trabalho e descanso, é só o que eu faço durante toda a minha semana. Não me faltam amigos convidando para churrascos, festinhas, baladas. O que me falta é a disposição que o tempo me rouba. E assim só me resta abrir o Facebook, olhar as fotos do último encontro deles e ver como eles VIVERAM o momento.

Contudo, de poucos dias pra cá, tenho notado que tudo isso faz parte de um processo de sacrifício momentâneo. Exatamente como na frase "no pain, no gain". Mesmo assim, sinto que meu "pain" ainda está em seu desenvolvimento, e meu "gain" ainda se demorará para chegar, mesmo que eu acredite em sua conquista.

Só me resta ser um jogador em uma mesa de dois: eu de um lado e o tempo de outro. Cada qual com sua vez de jogar. Cada qual com suas chances de blefar. E que no fim, mesmo com tantas partidas perdidas, eu seja o vencedor.

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